terça-feira, novembro 29, 2005

ajuda precisa-se

a minha irmã diz que sou uma visionária (qual Nostradamus). a Fifas diz que tem tudo a ver com o 11 de Setembro.

há algum tempo - alguns meses, para ser mais precisa - que me acontece uma coisa estranha: os números 9 e 11 perseguem-me. normalmente em relógios, outras vezes em páginas de jornais ou em conversas soltas.

calha que durante os treinos, quando olho para o temporizador das máquinas, passaram sempre 9 minutos e 11 segundos.

calha também que, de manhã, sempre que olho para os lindos relógios da rádio, são precisamente 9 horas e 11 minutos.

calha ainda que, quando estou a editar uma peça, ela está exactamente nos 9 minutos e 11 segundos.

não sei interpretar estes sinais. será que é alguma coisa do além? bolas, porque haviam de me escolher a mim, que sou a miúda mais tapadinha que conheço? será que a solução está mesmo em frente dos olhos e eu não a vejo?

se souberem, digam qualquer coisa. isto começa a incomodar-me, carago!

domingo, novembro 27, 2005

estas luzes de cores à minha volta mantêm-me acordada. estou no palco e tento imaginar o que daqui a minutos eles vão sentir.
o auditório ainda está vazio e o movimento é lento. há fumo a encher o ar, sons desconexos, depois o silêncio.
então é assim que um palco vai crescendo, ganhando vida! imagens aos poucos, pessoas, ruído.
daqui a instantes há uma sala com vida à minha frente. que dura apenas o tempo necessário para haver magia, para a música voar. a música que escorre dos dedos e da voz. o espectáculo que surge assim, de uma fusão de energias.

continuo no palco. a luz é escassa e escrevo com dificuldade. os olhos querem fechar e o corpo, cansado, pede um sonho calmo.
a cortina fecha-se.


[depois, sem que eu esperasse, ele faz-me uma careta e canta para mim. o público não me vê, mas ele sim. sorrimos.]

Banco Alimentar

como devem saber, decorre este fim-de-semana num supermercado perto de vós a campanha do Banco Alimentar contra a Fome. se ainda não fizeram as compritas da semana, vão ao Pingo Doce, Lidl, Minipreço ou hipermercado mais próximo e contribuam com o que puderem.

neste momento, o que mais falta faz são alimentos para bebés e crianças: leite em pó (atenção à marca!), farinhas, cereais, boiões de comida, etc. mas todos os alimentos não perecíveis são benvindos: massas, arroz, grão, feijão, farinha, açúcar, enlatados, leite, óleo, azeite, etc.

se todos dermos um pouco, no final haverá muito para distribuir por quem precisa. e, apesar de a campanha estar a correr muito bem, nada disto é demais! ajudem :)

quinta-feira, novembro 24, 2005

urgente: cafeína!

há manhãs muito difíceis. tentei por umas molas nos olhos, mas doeu um bocadito e achei melhor não insistir. eh, e se tomasse um cafézinho? mal não fará...

percorro o imenso corredor, chego à máquina de café (onde o preço único é de 25 cêntimos, independentemente da quantidade de água ou aditivos que o café contenha) e tenho apenas 15 cêntimos na carteira. mais 5 euros - uma nota.

peço 10 cêntimos emprestados à D, que está à conversa comigo. não tem. aparece a R, toda catita e cheia de energia a uma hora imprópria para quem se levanta de madrugada, e tento cravá-la. "amori, diz-me ela, tenho o dinheiro contadinho"! pronto, desespero.

desço as escadas e, qual visão, no piso de baixo encontro a D que me salva a manhã: 10 cêntimos. e a felicidade existe. :)

quarta-feira, novembro 23, 2005

tempo

tenho tanto sono. o relógio continua a marcar 12 horas de cada vez, mas os dias parecem longos.
encostaste-te a mim com o pretexto de me dizeres qualquer coisa sem grande importância. adivinho uma desculpa. nunca a pedes, mas deixas no ar aquela sensação de que está tudo bem novamente. tal como eu, acreditas que por vezes as palavras são supérfluas. ou apenas suaves demais para dizer algo maior. e percebi-te tão bem.

os minutos passam devagar.
passaste por mim e piscaste-me o olho. é uma confirmação. mas serves-te de tantas outras, em cores diferentes e tons alternados. nesse papel que levas na mão estamos nós e o mundo. e os sons que guardamos no ouvido para mais tarde sonhar.

mais um pouco e a noite cai. tic tac...
saímos. falas um pouco e esqueces o que está para trás. sentes e reages. o relógio parou.

amigas

não quero parecer muito lamechas, mas tenho saudades das minhas meninas. tento estar sempre junto delas através de mails ou telefonemas, mas sinto falta de as ter ao lado. de ouvi-las, de me rir com elas, de lhes contar segredos.

a B tomou a iniciativa de organizar um jantar de Natal para estarmos juntas. também tenho saudades das nossas saídas e noitadas, das madrugadas de conversas longas em casa da C, da sangria e dos passos lentos que dela resultavam.

não queria que o nosso jantar fosse assim, com pessoas que deixaram de existir e a quem não quero contar os meus segredos. elas percebem. por isso é que é importante estarmos juntas aos poucos, sem pressas e sem tempo certo.

quinta-feira, novembro 17, 2005

último post sobre a rádio (até ver...)

esta é uma boa hora para escrever. se não fosse o sono, seria a ideal. já há silêncio, algumas ideias e um bónus de mais duas horas na cama amanhã de manhã.

os últimos posts têm espelhado de alguma forma aquela que tem sido a minha vida nos últimos dois meses e uns dias. não me canso de os escrever, a felicidade não cansa.

é raro as coisas correrem todas bem, ao mesmo tempo e por um período indeterminado. dou por mim na rua a pensar nas pessoas, nos locais. crio uma banda sonora para cada memórias dos dias e gosto de ouvi-la vezes sem conta.

gostava de partilhar o mundo, mas neste momento quero ser egoísta, quero escondê-lo. todos os dias uma surpresa. todos os diálogos repletos de sonhos.

sinto-me bem. alcancei aquilo que mais queria. não sei quantas estrelas brilham por mim, mas são muitas certamente. não cabe aqui tudo o que ganhei e aprendi neste espaço tão curto. que continua.

e se ao fim de 10 horas de trabalho o cansaço não pesar e o sorriso for o mesmo, sempre tolo, isso significa...

terça-feira, novembro 15, 2005

regresso

aos treinos! sim, que esta história de não ter tempo para nada e estar sempre feliz também cansa. pelo menos os maxilares... ;)

domingo, novembro 13, 2005


sabem que estou feliz. e muito. ele notou logo pela minha voz ao telefone. e sabe que a culpa é dele e da boa notícia que me deu. não tentei disfarçar. no dia seguinte, pessoalmente, agradeci. ninguém é assim além dele. quando o fizeram deitaram o molde fora, mas eu encontrei o original.

eles também desconfiavam. era o sorriso, dizem. ou os olhos a brilhar. ou simplesmente a felicidade estampada em todas as palavras. mas é um segredo e, como tal, não posso contar.

mas vocês percebem que estou feliz, não percebem? não sabem o motivo (embora a curiosidade...), mas a verdade é essa. ele dizia-me que tenho muita sorte. ela perguntava-me se eu sabia quantas estrelas tenho a brilhar por mim. não sei, não sei mesmo. mas estou feliz.

fim-de-semana

finalmente, o regresso à normalidade. custa um pouco não poder partilhar o que me inquieta ou o que me faz feliz, mas agora posso.

finalmente, um fim-de-semana normal. 6ª feira um concerto excelente, sábado um filme romântico com o indispensável balde de pipocas e hoje... bom, hoje é dia de trabalho. :)

quarta-feira, novembro 09, 2005

"now that, my friend, is a shared moment"

Alyssa: Why are we stopping?
Holden: Because I can't take this.
Alyssa: Can't take what?
Holden: I love you.
Alyssa: You love me?
Holden: I love you. And not, not in a friendly way, although I think we're great friends. And not in a misplaced affection, puppy-dog way, although I'm sure that's what you'll call it. I love you. Very, very simple, very truly. You are the epitome of everything I have ever looked for in another human being. And I know that you think of me as just a friend, and crossing that line is the furthest thing from an option you would ever consider. But I had to say it. I just, I can't take this anymore. I can't stand next to you without wanting to hold you. I can't, I can't look into your eyes without feeling that, that longing you only read about in trashy romance novels. I can't talk to you without wanting to express my love for everything you are. And I know this will probably queer our friendship - no pun intended - but I had to say it, because I've never felt this way before, and I don't care. I like who I am because of it. And if bringing this to light means we can't hang out anymore, then that hurts me. But God, I just, I couldn't allow another day to go by without just getting it out there, regardless of the outcome, which by the look on your face is to be the inevitable shoot-down. And, you know, I'll accept that. But I know... I know that some part of you is hesitating for a moment, and if there is a moment of hesitation, then that means you feel something too. All I ask, please, is that you just, you just not dismiss that - and try to dwell in it for just ten seconds. Alyssa, there isn't another soul on this fucking planet who has ever made me half the person I am when I'm with you, and I would risk this friendship for the chance to take it to the next plateau. Because it is there between you and me. You can't deny that. Even if, you know, even if we never talk again after tonight, please know that I'm forever changed because of who you are and what you've meant to me, which - while I do appreciate it - I'd never need a painting of birds bought at a diner to remind me of.

Chasing Amy

trouxe emprestado daqui

decisões II

estou aqui sentada, a sala meio cheia. as secretárias desarrumadas, os computadores ligados. de um lado da sala, a porta e as paredes envidraçadas deixam ver quem passa no longo corredor. atrás de mim as janelas que se debruçam sobre o rio.

estou à espera. sei que ao lado, numa sala onde não entro, há decisões a tomar. sei que o meu nome está na mesa. tento roer as unhas, mas é um vício que não tenho. então espero. ansiosa, porque tudo o que representa o futuro, e não está completamente nas nossas mãos, assusta.

terça-feira, novembro 08, 2005

crescer

já recuperada e mimada q.b., toca a trabalhar! :)

agora começam as decisões. difíceis.

[não quero ser grande!]

sexta-feira, novembro 04, 2005

classificados

aceitam-se mensagens e mails de consolo. todos serão entendidos como mimos. resposta rápida.

5ª feira

cruzo-me bem cedo com a mami no corredor e não tenho voz. o resto do dia não vou reproduzir.
é um daqueles dias que nunca devia ter existido. um daqueles dias com F grande!

[entretanto estarei muda até 2ª feira. perco 2 dias de estágio. perco a festa da Raquel. perco a vida lá fora. são 9h40, estou sozinha em casa, com a cozinha para arrumar, o almoço para fazer e o melhor que dá na tv a esta hora - descobri hoje - é a Oprah! a minha irmã manda-me uma mensagem em tom de gozo. felizmente para ela, não tenho voz para lhe responder quando entrar em casa...]

4ª feira Liga dos Campeões

6h30: o despertador toca e acordo com uma dor de garganta terrível.
8h00: entro na rádio. começa o dia.
10h00: pequeno-almoço.
13h00: fila para o almoço. dói-me o corpo todo e já pressinto a gripe (sem aves, espero).
14h00: tomo uma aspirina. não tenho tempo para ficar doente (do melhor que tenho ouvido).
15h30: reunião.
16h30: começo a ficar rouca.
18h15: saímos da rádio em direcção à Luz. a noite promete. o trânsito também.
19h30: chegamos à Luz.
19h40: apertões. apalpões. estamos entalados no meio de milhares de pessoas.
19h46: entramos no estádio, há '1 de jogo.
20h00: 0-0 no marcador. a minha voz começa a desaparecer.
20h30. ainda 0-0. intervalo.
21h15: um estádio inteiro a puxar pelo SLB. menos eu, a voz (ou falta dela) não deixa.
21h30: o P, o L, o G, o A e eu saímos do estádio com um grande melão. 0-1 final.
22h20: vamos jantar. apesar do resultado, a companhia é sempre a melhor. e se o Corsa falasse...
00h15: o P deixa-me em casa.

terça-feira, novembro 01, 2005

saudades

de músicas. relembrada ali ao lado, obrigada Pollie.

a cidade está deserta
e alguém escreveu o teu nome em toda a parte
nos carros, nas casas, nas pontes, nas ruas
em todo o lado essa palavra
repetida ao expoente da loucura
ora amarga, ora doce
para nos lembrar que o amor é uma doença
quando nele julgamos ver a nossa cura

Ouvi dizer, Ornatos Violeta

NY, eu?

You Belong in New York City

You're an energetic, ambitious woman.
And only NYC is fast enough for you.
Maybe you'll set yourself up with a killer career
Or simply take in all the city has to offer
What City Do You Belong in? Take This Quiz :-)
Find the Love of Your Life (and More Love Quizzes) at Your New Romance.


obrigada pela dica, Snow.