escuro

quando estava escuro, tinha medo de nós. não de uma tempestade ou da trovoada, mas antes da calmia, da serenidade. significava muitas vezes que estávamos longe, que não nos ouvíamos.

tenho medo de parar, sei que o que me move és tu e os dias turbulentos. tentar. lutar. sentir-te e tentar de novo. gosto de obstáculos e não sei porquê. gosto de conquistá-los aos poucos e merecer no final. merecer-te.

sem sombras. com sombras. com um ruído infinito que é preciso abafar. contigo no escuro. no dia. na noite. todas as noites e durante o caminho. até te ouvir, até me gritares o mundo e os ódios que corroem.

merecer-te. e tu a mim. num esforço que nos consome, que nos constrói.

não tentes perceber-me pelo meu blog.

E canto porque sou assim, e porque encontrei quem saiba fazer por mim a música e as palavras dos segredos que queria dizer.

Katia Guerreiro

mimos e mais mimos

se eu soubesse que ser estagiária nesta rádio e com estas pessoas era assim, queria sê-lo há muito mais tempo. agora o pior é que quero continuar assim pela vida fora. :)

[sim, estou a ficar muito mal habituada... e gosto!]

*sodade*

minhas tontinhas:

sinto a vossa falta. parece que os bocadinhos em que estamos juntas não são suficientes para contarmos todas as histórias e partilharmos os momentos que não vivemos.

Nita, Mike: quando é a nossa vez? :)

*luv ya*

eu disse-te que a lista de compras era para respeitar. não percebo porque é que não podemos obedecer a alguma ordem de vez em quando. não bastava já o caos em que vivemos, pelo menos a lista de compras podíamos respeitar.

gostas de passear pelos corredores e olhar para as prateleiras, olhando-me em tom de desafio. só isto, e isto também não temos, isto é capaz de fazer falta...

pensei que eras só assim nas coisas superficiais e banais do quotidiano. enganei-me. a confusão faz parte da tua vida e não te importas de viver assim, sem regras. tens pilhas de livros espalhados pela casa, cd's amontoados na sala, junto à aparelhagem. mas estão por ordem alfabética, não entendo.

descubro aos poucos que gostas da tua organização no meio do caos. não mexo nos teus papéis, encontra-los sempre na desarrumação. é engraçado que te movas desta forma, na fronteira entre dois níveis. ainda agora, estou no teu portátil e não consigo encontrar a pasta onde guardaste as fotografias do verão. caberíamos tão bem na moldura.

tropecei há pouco nas calças do pijama que deixaste caídas quando foste tomar duche. foi há horas. nem me atrevo a dizer-te, sei que vais reparar e, sorrateiramente, virás pedir-me desculpa ao ouvido.

arrumo a despensa e o frigorífico e tenho a sensação que temos coisas a mais. prometes-me que foi a última vez. mas gosto de ti e sei que há coisas que não podemos mudar.

pausa

estive a pensar e este blog já não me parece tão pessoal. ou melhor, deixou de ser intimista.

por intimista entendo tudo aquilo que sinto e passo, sem reservas, para o papel (virtual). mas neste momento está muito longe de ser isso mesmo, um testemunho de pensamentos, ideias, receios ou sensações (não gosto de lhes chamar sentimentos, porque mudam tão depressa quanto surgem).

lembro-me que quando iniciei o blog - o primeiro - fazia dele um livro, com partes da minha história que gostava de reler e situar no tempo. durante algum tempo foi assim. usei-o também para passar mensagens, desabafar.

(in)felizmente, sei que há pessoas que me acompanham (lêem-me) e não as quero. pessoas que conheço, que não me procuram, que me evitam. porque sabem sempre onde estou, como estou. e não quero dar-lhes mais pedaços de mim.

não sei se o blog continua a existir. aqui, comigo. tenho apenas a certeza que não será mais confidente. há demasiadas coisas que não se partilham, que não se choram ou riem. que não são de mais ninguém, só nossas.

aos amigos (de sempre e aos blogueiros): vocês sabem quem são e as visitas nunca acabam... só abrandam quando o relógio corre. além disso temos sempre um mail. :)

surreal

Lisboa, 23hoo de um dia muito longo

entro no táxi. dois minutos depois...

Taxista: sabe, lá da minha aldeia saíram 3 médicos. uma terra tão pequena e formaram-se logo 3! um deles fez-me o exame à próstata há uns dias. nada de mais, só a rotina. com a minha idade...
Eu: pois...
T: e fui operado há pouco tempo... sabe como é, vocês mulheres têm os vossos problemas, nós homens temos outros. eu tinha... um testículo maior do que o outro. mas fui operado e ficou tudo bem. logo à primeira! normalmente são precisas duas operações para a coisa ir ao sítio.
(*riso* muito *riso* contido!! com dificuldade, claro)
E: é já naquela saída à direita.
T: eu sei. e como estava a dizer... pronto, fui operado e não tive dores nenhumas. ao início incomodava-me a trepidação do carro. mas agora está tudo bem.
(será que esta criatura me vai falar de como a operação ao testículo lhe afectou a vida sexual? *constrangimento* esta viagem nunca mais acaba?!)
E: agora contorna a rotunda e sai na última. depois é à direita.
(chegámos finalmente!!)
T: olhe menina... é menina não é? desejo-lhe as maiores felicidades e espero que tenha uma boa noite de descanso.

o que dizer de um dia em que se vêem dois grandes espectáculos musicais - que, surpreendentemente, tocam cá dentro -, se conhecem os artistas e ainda se tem a possibilidade de privar com um dos escritores que mais se admira?

isto não é um estágio... é o sonho tornado realidade! :)

o começo

nem todos os começos são doces. o que não significa que o que se segue seja necessariamente um reflexo. e, felizmente, nem tudo o que começa mal termina (ou continua) da mesma forma.

não gosto que critiquem negativamente o meu trabalho, com o único objectivo de me pisarem, nem que o façam de forma gratuita. mas, pior do que isso, é culparem "aquela rapariga, a estagiária" por coisas que não fiz. por uma qualquer bênção dos céus, tenho ao meu lado um profissional de excelência que não só dá voz a tudo aquilo que eu não posso dizer (e se me custa calar!) como ainda me pede desculpa, dá a mão e diz "não ligues, é assim com toda a gente... e é sempre fácil culpar o elo mais fraco".

a solução é aprender a lidar com as situações à medida que elas surgem. e passar por cima, sem lhes dar grande importância. o essencial é manter a força e continuar a trabalhar da melhor forma que se sabe. e pode - quando nos deixam. a partir daí, é sorrir sempre.

é assim que os dias correm melhor. não sei como vos transmitir tudo o que vai cá dentro. acho que não conseguiria demonstrar-vos o quanto adoro estar aqui! :)

não sei porque ainda me espanto

Cartas a idosos levantam suspeita

amanhã é um grande dia. sozinha, sem rede.
se correr mal, a culpa é inteiramente minha.
se correr bem, vai haver champanhe! :)

inesperado

um mimo no diário.

- ena, como tu tens o braço!
- fui mordido.
- isso a mim não me acontece... devo ter sangue ruim.
- nada disso, és uma jóia de moça! ;)

olho-te

sabe bem...

... sentir. só assim. novamente.
... ouvir. palavras tuas. e tuas.
... cumprir. as tarefas. e os sonhos.
... falar. sem receio. convicta.
... estar aqui, no meu silêncio. onde cabem as palavras e só elas.

sabe bem sentir. te.

1,69 m

então e eu?

constatação IV

fazer uma viagem Torres Novas - Lisboa com um taxista ao volante, além de perigoso, é extremamente aborrecido.

constatação III

um bêbado vestido de campino é chato e tem um bafo de longo alcance.

constatação II

um cartão a dizer comunicação social faz maravilhas. e atrai lambe-botas. imensos.

constatação I

em Torres Novas há muitas moscas. e gostam de decotes.

não acredito em bruxas, mas...

se há pessoas descrentes em tudo e mais alguma coisa, eu sou uma delas: no Governo, na retoma económica, na religião (em geral e em todas em particular), na bondade genuína das pessoas... e na astrologia.
se há coisa que me dá gozo é sentar no café, ter o jornal à frente (só assim, porque não vou buscá-lo de propósito com essa intenção), ler o horóscopo e perceber, ao longo do dia ou da semana como as previsões não batem certo.

por curiosidade, guardei no início deste ano a previsão da Maya para o ano de 2005, que saiu na revista Pública. hoje encontrei-a para ali perdida no meio dos meus papéis e... tem piada...

Caranguejo
Carta: O Imperador

2005 é um ano muito sólido e construtivo. conseguirá, graças ao seu esforço e investimento, ver os seus projectos validados. Caranguejo tem um ano imparável; a sua força será notória. em 2005, ser Caranguejo é sinónimo de êxito e triunfo.

bom... sem querer agoirar, o ano está a correr bem. muito bem. até agora. isso não significa que a d. Maya tenha acertado. é apenas coincidência... claro, apenas coincidência!

o ano será muito feliz nos amores. a conjuntura é de afectos sólidos e cúmplices. a vida afectiva vai ser a grande mais valia, que a este sector irá buscar o suporte necessário para ser ao longo de 2005 um vencedor.

d. Maya, lá está a senhora... mais uma coincidência! oh, deixe-se lá de coisas... ainda não me convence.

os amigos poderão estar na origem de alguns problemas, dado que nem sempre serão leais.

infelizmente, aqui acertou novamente. mas é que foi em cheio! hum... *thinking*

estão favorecidas todas as uniões que ocorrerem este ano.

parece-me bem... :)

vai usar de toda a estratégia para vencer oposições. alguns assuntos do passado poderão ser mexidos mas sem que consigam com isso provocar danos.

siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim...?

as variações económicas serão ascendentes e poderá fazer investimentos patrimoniais.

já agora, como me deito muito cedo e não vejo a "bolsa num minuto", que passa à noite na SIC, não me quererá dizer também onde é que devo investir?

estará sujeito às variações habituais de energia e humores.

família e amigos confirmam.

os nativos do sexo masculino estarão menos resistentes e as nativas devem dar especial atenção ao foro ginecológico.

aha! eu sabia que tinha que haver uma falha!!

... que as há, há!


[mas já agora... olhe lá, são os números do Euromilhões aqui para a mesa do canto, oh faxavôre!!]

primeira vez

primeiro exterior. com a melhor equipa. no final, em directo, o meu nome apareceu na ficha técnica. pela primeira vez, com menos de um mês de estágio. permitam-me este ar tonto mas muito :) !