segunda-feira, março 13, 2006

(des)hábitos

"contigo eu podia ir sendo tudo o que tinha para ser, antes e depois e à margem desse trabalho de ser homem. ser e não ser teu amigo, por exemplo. a partir dos trinta anos desabituamo-nos de olhar para as pessoas que se cruzam connosco. como se disséssemos: inscrições fechadas. na infância, bastava um miúdo gostar do mesmo bolo que nós para lhe perguntarmos: 'queres ser o meu melhor amigo'? depois deixa de haver o melhor - entramos na idade das equivalências".


Inês Pedrosa in Fazes-me Falta