redacção

o meu chefe é fixe. ele tem uma secretária mesmo em frente à minha mas nem sempre lá está. o meu chefe é muito bem-disposto. apesar de ser do FCP, é uma pessoa sorridente. o meu chefe pergunta-me sempre se não me importo de vir trabalhar em determinado horário. quase me deixa escolher o que me dá mais jeito. o meu chefe abre a porta para eu passar. os meus colegas dizem que ele é um cavalheiro. o meu chefe é novo. está sempre a meter-se comigo por eu ser do Benfica. o meu chefe dá-me folga a dias de semana, quando acha que estou muito cansada. aposto que nem todos os estagiários têm os mimos que eu tenho. gostava de ter um chefe assim toda a minha vida profissional. o meu chefe não está aqui nem lê este blog. é por isso que digo aqui que gosto dele.

parabéns

a Catita é o meu doce. infelizmente, não pude estar hoje com ela. mas como é o dia dela e eu falhei (desculpa!), quis deixar-lhe um mimo (até porque a acordei às 11h da matina). assim amanhã, quando formos almoçar, ela não me trata mal... e até é miúda para oferecer a almoçarada nipónica! ;)

já falei contigo, mas queria estar aí. não preciso de te dizer mais nada, percebes tudo. um beijinho* lambuzado e glorioso *luv ya*

gosto...

• que me tratem por diminutivos
• de ser a caçula da redacção
• de estar ainda verdinha
• que me tratem como igual
• que me digam "arrepiaste-me... poucas pessoas demonstram essa paixão pela rádio..."
• de reuniões inesperadas que deixam um mistério no ar
• das pessoas com quem trabalho
• de aprender
• de fazer perguntas
• que me consolem quando o Benfica perde
• que me ponham a mão por cima do ombro e me sorriam com os olhos logo pela manhã
• que me levem a almoçar junto à praia
• de uma conversa adulta e coerente
• e, nos intervalos, das tolices próprias de quem se quer conhecer
• de um elogio ouvido sem querer

sabedoria

o meu primo chama-se Gonçalo e tem 4 anos.
há dias, em passeio com a tia...

Gonçalo: vamos tão devagar, parece um funeral!
Tia: sabes o que é um funeral?
G: sei.
T: o que é?
G: então, há um senhor a dormir. põem o senhor dentro de uma caixa grande. fecham a caixa. depois abrem um buraco na terra e metem lá a caixa. deitam areia para cima e cobrem-na. depois disso nunca mais lá aparecem e esquecem-se dele.

já vos disse que o meu primo Gonçalo tem 4 anos?

"estou a olhar para ti, deste lado da mesa. não sei como dizer isto, mas acho que és ainda tu. e acho que voltaria a fazer tudo, apesar disso, apesar desta consciência de lâmina que a idade nos trouxe. a que chamam maturidade, que nos permite às vezes ver como éramos, em vez de simplesmente sermos, sem saber ou nos importarmos com o que somos.

o problema das montanhas é que só conseguimos ver o que está do outro lado quando lá chegamos. é fácil dizer hoje que não mudaríamos nada, ou que faríamos tudo diferente. é fácil porque não adianta".

Rodrigo Guedes de Carvalho in A Casa Quieta

Justiça e água de côco

eu não diria melhor...

a redacção está quase vazia. o sono é mais que muito e vai-se acumulando todos os dias. o tempo é muito curto para tudo o que é preciso fazer. os amigos sentem isso.
daqui a pouco uma viagem. mais um fim-de-semana comprido. horas de sono a subtrair. cada vez mais. mas vale a pena cada minuto. todos os minutos.

volto já :)

porque é que alguém (um homem, pois) encosta o nariz a uma paragem de autocarro e sussurra qualquer coisa a esta menina?

Dia Mundial da Pessoa com Alzheimer

porque é uma das coisas que mais me assusta...

rotinas

toca o despertador. ainda de olhos fechados, as tarefas automáticas de todos os dias.
comboio. as mesmas pessoas, nos mesmos lugares, lendo livros diferentes. não há um jornal.
autocarro. os mesmos cenários, ainda de noite, iguais a ontem. e a antes de ontem. e a amanhã.
o mesmo local. um dia diferente. todos os dias diferentes. apenas a mesma vontade. e os mesmos sorrisos.

SLB

há dias em que me lembro do orgulho que tenho em ser do Benfica. e quase consigo gostar do Nuno Gomes... quase! :)

não bastava acordar de madrugada de 2ª a 6ª, agora fazem-me levantar às 7h no sábado! se a causa não fosse boa, a maratona do sono estava garantida. :)

se a vida se desenrolasse em 24h, os ponteiros do meu relógio marcariam agora 11h00. :)

magia

rua acima, a olhar as montras e a ouvir cantar. o fado da minha terra, pensei. nunca gostei de fado. talvez por ser a canção da saudade e me entristecer.
perdi-me em pensamentos dispersos. não notei que esvoaçavas ao meu lado. sorriste com o ar de menino que sempre te conheci e disseste-me olá. sabes que não resisto ao olhar que fazes quando te ris.
vinhas com vontade de falar, de contar histórias. descreveste-as uma a uma com um detalhe que me fez vivê-las ali mesmo.

sentámo-nos na esplanada, sentimos o rebuliço em volta. pensei que era bom estar de novo contigo. se estás longe sinto a tua falta, quando estás perto o tempo não passa. pára para nós e é cúmplice nas confidências.
gosto que me olhes. deitaste a tua cabeça no meu ombro como sempre fazes e segredaste-me qualquer coisa. pediste um café e um sumo, o habitual. olhaste à volta e tudo parecia dizer-te que aquele momento era nosso.

descemos a rua, o teu braço à volta da minha cintura. cantaste para mim a nossa música. a outra, que te dediquei pelo telefone quando fui ao concerto, foi quase nossa também. mas os amantes são únicos, tal como as músicas que nascem para eles.

quando te falei no filme, sabias que era uma mensagem, gosto de ti. e todos os bilhetes, os postais, os livros e as músicas, tudo isso te dedicava. guardo ainda todos os pedaços do que é nosso. às vezes abro a caixa e perco a horas a olhar. dizem que o que é bonito é para se ver. cada objecto em que estás contido. cada sonho que guardo ainda lá dentro.

deste-me uma flor. acho que querias que o vendedor se fosse embora, sabes que não gosto de rosas. esperas pacientemente por mim cada vez que paro em frente a uma montra. ainda contas histórias de pessoas que conheço. ainda falas com orgulho do que conquistaste. passámos naquele lugar outra vez, a mesma música, o mesmo fado. mas já não me entristece.

[espero-te no sábado à noite, tenho saudades tuas...]

aparte

o que eu me derreto cada vez abro o blog e vejo logo o Albano Jerónimo! :) ninguém terá por acaso o contacto do rapaz? ninguém o conhece? ou, sei lá, um amigo do amigo do amigo que, por sua vez, seja amigo dele? ;)

Marcas de Sangue

"Uma história de emoções e afectos à beira da histeria, situada numa pequena aldeia junto ao mar, numa residencial dirigida por dois homens: pai e filho. Passado num ambiente pequeno burguês, em que os sonhos de uma vida melhor são desfeitos pela falta de oportunidades e saídas, os dois homens acabarão por ancorar-se em mulheres sobre quem descarregam as vicissitudes do seu mal viver. Acabarão elas por aceitar e amar esses homens?"

na verdade, Marcas de Sangue é apenas isso... histórias de feridas que a vida abala, que a realidade agrava, que o tempo não cura. um precipício sem fim de amor e dor sem solução.
um elenco de luxo numa peça que fere pela densidade psicológica. brutal.

Marcas de Sangue, de Judy Upton
5*

9 de Setembro a 9 de Outubro
Teatro da Comuna

encenação
Isabel Medina

elenco
Albano Jerónimo
José Wallenstein
Leonor Seixas
Lucinda Loureiro
São José Correia

a Boo é uma miúda à maneira, a sério! e só por isso é que vou responder ao questionário que me enviou :) com uns dias de atraso, eu sei... mas cá está ele.

5 coisas que me tiram do sério:
1. umas 2 ou 3 pessoas
2. falta de ambição, ficar a ver a vida passar
3. mentiras
4. teimosia
5. os telejornais

gosto especialmente de:
1. rádio ;)
2. crepes com gelado
3. praia
4. ser surpreendida
5. um beijo na barriga

5 álbuns:
(com esta é que me tramaram!)
1. Bush, Razorblade Suitcase
2. Gustavo Santaolalla, The Motorcycle Diaries OST
3. Zero 7, Simple Things
4. Dave Matthews and Tim Reynolds, Live at Luther College
5. K's Choice, Cocoon Crash

5 canções:
1. More than Words, Extreme
2. Iris, Goo Goo Dolls
3. Trouble, Coldplay
4. Vambora, Adriana Calcanhotto
5. Yann Tiersen, Childhood (2)

5 álbuns no IPod:
1. Scream, Sarah Bettens
2. Ao Vivo, Djavan
3. Audioslave, Audioslave
4. Esquissos, Toranja
5. Californication, RHCP

5 pessoas a quem passo a palavra:
(e não se vão chatear...)
1. à prima Couve, que tem uns gostos musicais que eu aprecio ;)
2. à Pollie, porque descubro sempre no blog dela novas bandas para adicionar à minha cdteca ;)
3. ao Tiago, porque nunca lhe passei nenhuma corrente :)
4. à Snow, que ultimamente fala muito de música e gosta de questionários :)
5. ao Miguel, porque agora é meu colega e não deve ter mais nada que fazer, visto que vai de férias.

com dedicatória

este é o post da Inês. :)

[agora deves-me um comentário]

still *happy*

bom, o tempo tem sido tão curtinho para tudo o que tenho que fazer, que só agora consegui actualizar o blog. obrigada a todos vocês (sabem quem são) por estarem sempre aí, a dar-me forcinha (e curiosos com as novidades). :)

ando nas nuvens. conhecem aquela sensação de se ter alcançado um sonho depois de algum tempo a lutar por ele? é assim mesmo que me sinto! andar pelos corredores da rádio, pelos estúdios, conviver com algumas pessoas que me habituei a ouvir e admirar... ai ai... :)

claro que custa (um bocadinho) acordar às 5h da manhã, custa chegar a casa ao fim do dia cansada... mas a rádio compensa tudo isso. e tenho a sorte de estar a estagiar na área que gosto, na estação que escolhi e, até agora, com pessoas que me têm dado imenso apoio!

não há muito mais para contar. há coisas que não se dizem por palavras, porque a única forma de as transmitir é através de pequenos gestos. mas vocês imaginam! :)

triiim

a partir de amanhã o despertador toca às 4h30. às 6h entro ao serviço! apesar de tudo, este sorriso parvo não me sai da cara... :)

*happy*

todos os sonhos acabam eventualmente por se realizar. amanhã começo a abraçar uma paixão enorme chamada rádio. :)

conheço-te?

Joana: desculpe, trabalha aqui há muito tempo? é que conheço a sua cara, mas não sei de onde.
Paulo (com sotaque brasileiro): não, eu trabalhava no Estoril até há umas semanas.
J: hum... do Estoril não é de certeza.
P: eu vivo em Massamá, mas não lembro do seu rosto.
J: ah, então deve ser daí!

P: moça, desculpa... 'cê malha?
J: sim, porquê?
P: 'cê não lembra de mim? quando a gente 'tava nas máquinas, conversando com o Bruno...
J: ah, sim! tu és "o branquinho"! mas como é que te lembraste?
P: ué, eu olhei p'ra sua barriga e lembrei da tatuagem!


[já me tinham reconhecido pela voz, pela cara, pela forma de andar desengonçada... pela barriga é a 1ª vez!!]

histórias

sabias que era a noite. como as histórias que se espalham pelo chão...