segunda-feira, outubro 31, 2005

escuro

quando estava escuro, tinha medo de nós. não de uma tempestade ou da trovoada, mas antes da calmia, da serenidade. significava muitas vezes que estávamos longe, que não nos ouvíamos.

tenho medo de parar, sei que o que me move és tu e os dias turbulentos. tentar. lutar. sentir-te e tentar de novo. gosto de obstáculos e não sei porquê. gosto de conquistá-los aos poucos e merecer no final. merecer-te.

sem sombras. com sombras. com um ruído infinito que é preciso abafar. contigo no escuro. no dia. na noite. todas as noites e durante o caminho. até te ouvir, até me gritares o mundo e os ódios que corroem.

merecer-te. e tu a mim. num esforço que nos consome, que nos constrói.